— A Aldeia Maracanã ocupa uma área de 14 mil metros quadrados ao lado do estádio, hoje em condição de degradação. O local já tem sentença transitada em julgado determinando a retomada do imóvel pelo Estado. O que há lá hoje é uma ocupação residual, com poucas pessoas que se autodenominam indígenas, mas que na prática transformaram o espaço em uma área de militância. Sou a favor da valorização da cultura indígena, mas não da forma como está. É possível usar os recursos de uma eventual negociação do terreno para financiar políticas culturais, inclusive indígenas. O problema é deixar o espaço abandonado. Estive recentemente em Wembley, na Inglaterra, o entorno do estádio é um exemplo de uso inteligente: há comércio, lazer, restaurantes, áreas esportivas e geração de renda. O Maracanã poderia seguir caminho semelhante.