A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Divisão de Análise de Crimes Virtuais (DCV/CORF), desencadeou a segunda fase da Operação Cortina de Fumaça, com foco no desmantelamento de uma associação criminosa especializada em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro no DF.
Nesta fase, os policiais civis cumpriram um mandado de prisão e uma busca e apreensão em Ceilândia. A investigada, alvo da operação, não foi encontrada no endereço inicial, mas acabou localizada num restaurante americano especializado em fast-food, onde foram apreendidos equipamentos eletrônicos ligados ao esquema criminoso.
As apurações apontam que parte dos valores desviados era transferida de imediato para contas de “testas de ferro” ou “conteiros” — indivíduos que cedem suas contas bancárias em troca de vantagens ilícitas. Essa prática dificulta o rastreamento das operações e fortalece a rede criminosa, ampliando os danos à sociedade.
Ressalte-se, ainda, que a investigada demonstra completa ausência de intimidação diante da ação estatal. Mesmo após ter sido presa anteriormente pela prática de fraude, voltou a delinquir apenas uma semana depois, repetindo o mesmo modus operandi e, de forma ainda mais grave, atuando como recrutadora de novos integrantes para o esquema criminoso.
Nessa fase, o cumprimento de mandado de prisão dessa agente representa um grande avanço nas investigações, uma vez que atinge diretamente a estrutura de aliciamento e expansão da organização criminosa. Durante a ação, foram apreendidos dispositivos eletrônicos que serão submetidos a exames periciais, com o objetivo de produzir provas técnicas capazes de reforçar a responsabilização dos envolvidos.
A PCDF ressalta que crimes dessa natureza vão além das vítimas diretas: prejudicam milhares de cidadãos, alimentam a elevação de tarifas bancárias, restringem o acesso ao crédito e fragilizam o sistema financeiro como um todo.
