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Seminário na CLDF coloca crianças no centro do debate sobre crises climáticas

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“Cuidem do nosso planeta, por favor, porque a gente só tem um”, leu a menina Julieta no auditório da Câmara Legislativa. O trecho foi extraído de carta redigida pelos alunos do terceiro ano da Escola Classe 115 Norte. As crianças participaram do Seminário Infância e Crises Climáticas, promovido por iniciativa do distrital Fábio Felix (Psol) nesta segunda-feira (15). O evento também recebeu o lançamento da cartilha pedagógica Cuidar do planeta é cuidar da gente. O documento oferece orientações para professores abordarem a questão ambiental em sala de aula. 

Na mesa de abertura a maioria dos estudantes presentes concordou que o pátio da escola precisa ter árvores, grama e água. Sinalizaram, ainda, que é mais fácil aprender quando não está calor. “Mais de 200 milhões de crianças tiveram a sua educação impactada no ano passado por eventos de mudança climática”, apontou a analista de relações governamentais do Instituto Alana, Sofia Amaral. Ela explicou que o Instituto é um grupo de impacto socioambiental que promove um mundo melhor para as crianças. 
 

Sofia Amaral falou em nome do Instituto Alana (Foto: Carlos Gandra/Agência CLDF)

“O GDF deveria assegurar mais escolas; implantar pilotos com árvores, jardins e hortas nos colégios, em vez de discutir instalar uma termelétrica no lugar de uma escola [em referência à Escola Classe Guariroba]. Não se considera instalar uma fábrica de cimento ou uma usina termelétrica no Plano Piloto. Quando a gente discute obras de grande impacto ambiental, as infâncias que mais sofrem são de determinada raça e classe”, comentou a conselheira tutelar do Largo Norte Rayane Fontenele. 

Representando a Universidade de Brasília, a professora Liza Andrade, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, relatou uma série de ações voltadas a alertar a população e a prevenir tragédias decorrentes de extremos climáticos. São exemplos oficinas acerca de um plano comunitário de redução de risco, cartilha sobre plano de contingência, curso de formação de agentes comunitários em soluções baseadas na natureza, e um concurso de ideias na Escola Classe do P Norte estruturado com o mote “como esverdear o Sol Nascente?”. Ela ainda expôs no mapa as áreas mais sensíveis no DF para alagamentos: Fercal, São Sebastião e Sol Nascente. 
 

O Seminário foi realizado no auditório da CLDF (Carlos Gandra/Agência CLDF)

“Hoje, o trator tá ligado na cidade só para construir prédio, derrubar árvores, destruir as áreas ambientais, passar por cima das nossas nascentes. Então a gente precisa cuidar, e para isso precisamos debater este tema aqui no Legislativo, onde aprovamos as leis”, defendeu Fábio Felix. O parlamentar ainda lembrou que a Casa dispõe de duas frentes parlamentares dedicadas à causa ecológica: a de Prevenção aos Extremos Climáticos e a em Defesa da Serrinha do Paranoá. “Criança não é coisa de futuro, é de presente”, arrematou a deputada federal Erika Kokay.



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